sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Trabant pode voltar em 2012

Fora de linha desde 1991, o Trabant (carro-símbolo da antiga Alemanha Oriental), pode voltar às ruas em 2012. Um protótipo dessa nova cara do "Trabi" está prevista para ser apresentada durante o Salão de Frankfurt, em setembro.

O novo Trabant deve ser ecolocicamente correto, movido a energia elétrica e voltado para uso urbano. Dessa forma, busca abandonar o antigo estigma de um dos piores carros do mundo.

A iniciativa vem de um consórcio entre a empresa alemã Indikar e a francesa Herpa - que já produz miniaturas do carro desde 2007 e que fazem grande sucesso. Mas ainda faltam recursos financeiros para a continuidade do projeto – as duas empresas estão em busca de investidores.

Cerca de 3 milhões de "Trabis" foram produzidos entre 1957 e 1991 na Alemanha Oriental. Na época, o carro era produzido com uma mistura de plástico e papelão ou fibra de algodão. O carro de formato antiquado atingia no máximo 120 quilômetros por hora, tinha motor barulhento e poluente e as janelas traseiras não abriam.

Apesar do apelido pejorativo que ganhou no fim de sua existência, de "Pior carro do mundo", era motivo de orgulho na antiga Alemanha Oriental. O modelo se tornou uma espécie de símbolo cult do passado alemão e algumas unidades realizam passeios monitorados pelo país.

Até hoje cerca de 200 mil Trabants são mantidos por colecionadores e clubes de admiradores do carro pelo mundo.





quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sangrento 1º de setembro

Em pelo menos duas ocasiões na história mundial, o 1º de setembro ficou marcado de forma sangrenta. A mais conhecida delas é começo da Segunda Guerra Mundial, quando as tropas da Alemanha nazista invadiram a Polônia, dando início ao conflito que se espalharia mais tarde pelo mundo todo.

Líderes europeus relembraram a data de hoje com homenagens e promessas de novas leituras da história daquele período. Mas as mágoas guardadas por tantos anos, somadas a orgulhos nacionalistas de cada país, tornam essa tarefa um tanto quanto mais árdua.

A Rússia e seus ex-aliados do Leste Europeu estão em atrito por causa do papel exercido em 1939 pelo então ditador soviético Josef Stalin, cujo acordo com a Alemanha nazista permitiu a invasão da Polônia e o início da guerra. Enquanto os russos se orgulham profundamente da sua vitória sobre as forças de Adolf Hitler em 1945, os poloneses, bálticos e outros dizem que Stálin também foi diretamente responsável pelo início da guerra, ao dividir a Polônia com Hitler e anexar os países bálticos.

A Polônia foi uma das grandes vítimas da guerra, perdendo 20% de sua população, com a morte de aproximadamente seis milhões de habitantes, a metade deles judeus. O país quer que Moscou se desculpe pela decisão de Stalin de matar todo um batalhão polonês em Katyn em 1940. Durante décadas, os russos atribuíram essas mortes aos nazistas, só admitindo a responsabilidade de Stalin após o fim do regime soviético.

Beslan

O 1º de setembro também teve outro significado forte para certos russos, especialmente os que vivem na república da Ossétia do Norte. A data marca também os cinco anos do massacre de Beslan, quando terroristas invadiram uma escola e fizeram mais de mil reféns ficaram três dias sem água e sem comida.

Ao final da ação, considerada a pior após os ataques de 11 de setembro, 330 pessoas morreram, a maioria delas crianças. As famílias das vítimas acreditam que as autoridades russas não estão dispostas a investigar adequadamente o ataque terrorista e clamam por justiça.

Os responsáveis pelo ataque eram na maioria tchetchenos, militantes separatistas vindos da república autônoma da Federação Russa que tem uma longa história de conflito com Moscou. Cinco anos depois, a tensão na república separatista ainda persiste. A nova geração de líderes rebeldes é descrita como ainda mais radical e bem financiada que os homens que invadiram Beslan.

Ao mesmo tempo, o governo russo e líder local da Tchetchênia Ramzan Kadyrov fazem vista grossa para as acusações de grupos de direitos humanos por sequestros e assassinatos de ativistas humanitários.

Ou seja, infelizmente não será surpresa que aconteçam novos massacres na Rússia como os de Beslan.