quinta-feira, 30 de abril de 2009

18 anos do fim dos "Trabis" na Alemanha Oriental

Há exatos dezoito anos saía de linha o Trabant, símbolo automobilístico da Alemanha Oriental. Lançado em 1957, ganhou apelidos um tanto quanto jocosos, como Porsche de plástico", "vela de ignição encoberta" e "caixa de corrida". Foi considerado durante um bom tempo o "pior carro do mundo".





A história desse carro, um patinho feio perto dos modelos produzidos pela então vizinha Alemanha Ocidental, é relembrada por matéria da Deutsche Welle.



O Trabant também já foi lembrado neste blog, no post que lembrou a saída de cena de outro modelo, o Yugo, na Sérvia, considerado um dos símbolos da industria iugoslava.



O Trabant era alvo de críticas de ambientalisas (considerado poluente demais) e ficava longe dos carrões ocidentais em conforto, aparência e desempenho. Mesmo assim, os "Trabis", como também são conhecidos, hoje são tratados como relíquias por colecionadores.

Estima-se que ainda hoje cerca de 200 mil Trabants circulem pela antiga Alemanha Oriental. Ao todo, 3 milhões de modelos foram produzidos entre 1957 e 1991.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Mensagem de prisioneiros é encontrada em Auschwitz

Uma descoberta no antigo campo de concentração e extermínio de Auschwitz, próximo a Cracóvia (sul da Polônia) dá nova munição a aqueles que clamam, com razão, para que o local seja preservado.

Matéria da Agência EFE relata que operários que trabalham em reformas no campo de concentração acham garrafa com mensagem escrita em 1944 por prisioneiros que estavam no local.


O assunto sobre a conservação de Auschwitz, que enfrenta graves problemas, já foi abordado anteriormente neste blog.

O mais novo achado no campo reforça a necessidade de preservar o local, como uma forma de relembrar as atrocidades cometidas pelo regime nazista. Estima-se que cerca de um milhão de pessoas – a maioria judeus – foram assassinadas em Auschwitz.

terça-feira, 21 de abril de 2009

“O processo do século”

Dentre tantas novelas e disputas em andamento nos Bálcãs, um delas foi chamada de “processo do século”. São as palavras do ministro das Relações Exteriores da Sérvia, Vuk Jeremić, sobre a já conhecida disputa entre Sérvia e Kosovo, que tenta defender sua independência – ainda não plenamente reconhecida internacionalmente – na Corte Internacional de Justiça. E que os sérvios tentam a todo custo anular.

Segundo notícias da B92, organização de mídia considerada indepedente na Sérvia, Jeremić diz que já tem a seu favor 30 países da comunidade internacional, dando destaque para China, Russia (aliada histórica dos sérvios), Brasil e Espanha . No Leste da Europa, aparecem Romênia e Eslováquia.

Pelo outro lado, Kosovo também conta com seus apoios – alguns deles de peso – pela comunidade internacional. A começar pelas principais forças da UE, como Alemanha, França e Inglaterra, além do único representante da ex-Iugoslávia no bloco, a Eslovênia. Os Estados Unidos completam o staff de apoio a Kosovo.

Como nenhuma das partes parece disposta a ceder, o impasse jurídico-internacional sobre Kosovo deve prosseguir. Mas uma coisa é certa. Pelas características culturais de sérvios e albaneses e pelas cicatrizes que uns carregam dos outros, é inimaginável que Sérvia e Kosovo voltem a fazer parte do mesmo país, pelo menos de forma pacífica. O que é, ao meu ver, um ponto a favor dos kosovares, que uma vez com a sensação de independência, podem até não ter a estrutura para um Estado funcionar, mas jamais aceitarão de novo ficar sob governo sérvio.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

“República da Macedônia do Norte?”

O governo da Grécia fez uma sugestão para acabar com o impasse em relação a sua vizinha, a Macedônia. Segundo o embaixador grego nos EUA, Alexandros Mallias, o país deve-se chamar “República da Macedônia do Norte”.

Os gregos seguem sem abrir mão do nome Macedônia, que consideram como parte de seu patrimõnio histórico e temeosos que o reconhecimento de seu vizinho do norte com o nome atual poderia levá-lo a reivindicar parte do norte do território grego, que também se chama Macedônia.

A matéria completa está no Balkan Insight, especializado em notícias sobre a região.

Agora, a pergunta que não quer calar: essa proposta, um tanto quanto indecorosa, vai pegar? Particularmente, duvido.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Tempo de decisão na Macedônia

Neste domingo, a Macedônia elegeu seu novo presidente, o candidato conservador Georgi Ivanov. O pleito é considerado chave para o futuro do país no cenário internacional, que almeja o ingresso na UE (união Europeia) e na Otan.

Para tanto, será necessária a resolução de outra pendência, que presegue o país desde sua independência, em 1991: a objeção grega quanto ao uso do nome Macedônia, que os gregos consideram parte exclusiva de seu patrimônio nacional.

Outro dado que cham a atenção na eleição foi a baixa participação da população, de 40,24% - é necessária a adesão de 40% do elitorado para o pleito valer. A explicação está no baixo comparecimento às urnas da minoria albanesa, que corresponde a um quarto da população da Macedônia, e se sente pouco representada no poder do país. A UE acompanhou de perto a votação no país candidato a ingressar no bloco.

A relação com essa minoria será de suma importância para o futuro do país no cenário internacional, tanto quanto a resolução de sua histórica pendência com a Grécia.